Ciberespaço
O ciberespaço é
definido como um mundo virtual porque está presente em potência, é um espaço
sem território. Esse mundo não é palpável, mas existe de outra forma, outra
realidade. O ciberespaço existe em um local indefinido, desconhecido, cheio de
devires e possibilidades. Não podemos, sequer, afirmar que o ciberespaço está
presente nos computadores, tampouco nas redes, afinal, onde fica o ciberespaço?
Para onde vai todo esse “mundo” quando desligamos os nossos computadores? É
esse caráter fluido do ciberespaço que o torna virtual. Se o ciberespaço está
em crescente expansão, e se esse crescimento afeta todas as camadas da
sociedade e áreas do conhecimento, se já usufruímos (e cada dia mais) das
facilidades propiciadas por esse novo espaço de "disponibilização" de
informações, é necessário tornar comum o que tudo isso significa. Fazendo uma
retrospectiva na literatura científica e filosófica, pode-se observar várias
definições e alguns poucos "conceitos" respectivamente, que são
plenamente aplicáveis ao ciberespaço, mas seu termo surge na literatura de
ficção, quer seja, na Arte. Essa confluência semântica e de disciplinas reflete
a multiplicidade do ciberespaço, mas, voltemos à questão do conceito.
Para Gibson, Ciberespaço é: [...]
[...] Uma representação física e multidimensional do universo abstrato da 'informação'. Um lugar pra onde se vai com a mente, catapultada pela tecnologia, enquanto o corpo fica pra trás. (Gibson 2003, p.5-6)... [...] Uma alucinação consensual vivida diariamente por bilhões de operadores autorizados, em todas as nações, por crianças aprendendo altos conceitos matemáticos... Uma representação gráfica de dados abstraídos dos bancos de dados de todos os computadores do sistema humano. Uma complexidade impensável. Linhas de luz abrangendo o não-espaço da mente; nebulosas e constelações infindáveis de dados. Como marés de luzes da cidade. (2003, p. 67).
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